Incluir o corpo no trabalho vivencial é verdadeiramente transformador.

O que nos diz a evidência científica?

MB

5/17/20242 min read

group of people hugging themselves
group of people hugging themselves

As evidências são reveladoras da eficácia da intervenção em grupo tanto pelos benefícios económicos como pelo desenvolvimento de múltiplas competências psicológicas (Yalom & Leszcz, 2006).


Bromberg (1986) quis dar resposta à questão: “o trabalho corporal psicologicamente orientado é terapêutico?”. Os resultados foram afirmativos, indicaram que os participantes obtiveram relaxamento das tensões musculares, aumento de energia, correção postural, aumento de capacidade respiratória e melhoria da perceção de si.

O artigo” The psychology of the COVID-19 pandemic: A group-level perspective. Group Dynamics: Theory, Research, and Practice”, diz-nos que a intervenção em grupo desenvolvida por psicoterapeutas é eficaz na redução da depressão, consumo de substâncias ilícitas, ansiedade, luto patológico, stress e alívio do sofrimento psicológico proveniente do isolamento social.

O estudo, “Bioenergetic exercises in inpatient treatment of Turkish immigrants with chronic somatoform disorders: A randomized, controlled study”. Foi realizado no hospital Inntalklinik na Alemanha, com 128 participantes constituintes de 2 grupos, o de controle e o grupo de intervenção somática.

Ambos receberam sessões de psicoterapia individual e tinham o mesmo facilitador. O grupo da somática realizou exercícios de vocalização, respiração, movimentos corporais, expressão emocional e grounding e o grupo de controle recebeu exercícios de ginástica.

Foram aplicados pré testes e pós testes a todos os participantes. Os seus resultados indicaram que a intervenção somática resultou numa mudança mais significativa do que a do grupo de controle, com diminuição de sintomas de somatização, depressão, ansiedade, redução da hostilidade e aumento da espontaneidade na expressão emocional.

Ademir Biotto (2004), expôs o seu trabalho de psicoterapeuta corporal com pacientes psiquiátricos em contexto de vivencias grupais como tendo um efeito terapêutico e preventivo de recaídas com internamento. Os resultados mais relevantes, após 15 sessões, recaíram sobre uma maior aceitação e reparação das emoções, melhoria do ritmo de sono, alívio das tensões somáticas e emocionais, aclaramento do pensamento e “despertar da autoestima”.